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sábado, 9 de janeiro de 2010

Pintassilgo


Macho adulto: Bico cinza esbranqui­çado, ápice do bico negra que no perío­do reprodutivo tende a ficar branco perolado; perímetro do bico circundado por penas negras (bigode) que juntam na superfície anterior dos olhos; típica máscara vermelha alaranjada que se estende distalmente além da margem posterior do olho; face branca mais ou menos infiltrada de marron; vértice, nuca e lados do pescoço negros; dorso marrons; sobrecauda branca; asas e cauda negro-brilhante; bordas das asas amarelo-ouro típico dos carduelídeos; flancos marron; peito branco infiltrado de marrom; ventre e sobre-cauda brancos; patas marrom-rosado.

Fêmea adulta: difere do macho por pequenas particularidades que somente o olho mais esperto consegue observar (pode-se dizer que esta espécie não apresenta um nítido dimorfismo sexual): a cabeça é mais arredondada, a máscara vermelha é mais restrita e não ultrapassa a metade do olho, o negro das asas e da cauda é ligeiramente mais opaco do que o do macho, os ombros (pequenas cober­teiras alares) são cinza esverdeado quase negro (esta última particularidade é muito importante para distinguir precocemente o sexo dos novos).

Jovens: participam com os adultos somente as asas e a cauda; o resto da plumagem se apresenta de cor cinza esbranquiçado, manchando de maneira confusa a estrutura marrom enegrecida determinantes para o mimetismo dos pró­prios.




Existem diversas subespécies de pintassilgos-comuns, classificáveis em dois grandes grupos:

Subespécies de calota negra: fazem parte deste grupo todas as várias subespécies de pintassilgos distribuídos na Europa e África setentrional (Carduelídeos ocidentais). Omito volun­tariamente a lista de todas as subespécies descritas (alguns autores assinalam mais de 20!) já que se diferenciam entre si por pequenos detalhes (principalmente tamanho e quantidade de marrom) muito variáveis também no âmbito da população de um território. Em geral, vaIe a regra segundo a qual partindo do norte da Europa e indo para o sul, a carga do marrom (nos flancos, peito e bochecas) tende a aumentar enquanto o tamanho tende a diminuir. Um clássico exemplo é aquele dado de duas subespécies colocadas nos extremos da classificação: de um lado o Carduelis carduelis tschussi, distribuído no norte da África e na Sicília, caracterizado pelo diminuto tamanho (11 a 11,5cm) e de uma notável carga de feomelanina.

Subespécies de calota cinza: fazem parte deste grupo as "verdadeiras" subespécies do pintassilgo-comum, caracterizadas pela completa ausência da calota negra e distribuídas o Médio Oriente e na Ásia (carduelis orientais). Para ser breve, recordamos apenas o nome científico e a distribuição das três formas mais conhecidas: 1) Carduelis carduelis canicepsou pintassilgo do ­Himalaia (Himalaia e Ásia centro-meridional); 2) Carduelis carduelis subulata

Habitat e Comportamento na Natureza: O pintassilgo-comum é espécie muito adaptável, como demonstra a sua distribuição ao longo das diversas latitudes euro-asiáticas. Habita bosques, jardins e zonas abertas, seja a nível do mar ou em elevadas montanhas.

O casal se forma no final do inverno, início da primavera (fevereiro-março), quanto o aumento das horas de luz e a disponibilidade de sementes espontâneas no estado latente facilita a entrada no estro (cio) dos dois sexos.

O macho se apossa primeiramente do território, cantando repetidamente para atingir a fêmea. Quando o casal se forma ele ficará unido até o final da estação reprodutiva.

O primeiro encontro entre os dois sexos (e isto também se observa em cativeiro) é um momento altamente espetacular: o macho com as asas abaixadas e a cauda aberta em leque executa um voltei o de cortejamento (faz a "roda"), acompanhando-a cadencian­do-a com características notas metálicas; a fêmea responde com os mesmos movimentos aceitanto assim a corte.

O número de ninhadas num ano varia de duas a três e o período de nidificação vai de abril a agosto.

A fêmea seguida pelo macho como uma sombra, escolhe o local adequado para nidificação. O ninho geralmente fica numa altura não inferior a dois metros. na extremidade de um ramo bem firme e recoberto por vegetação fechada.

Ciprestes, abetos, amendoeiras, eucapliptos, mimosas, oliveiras, mandarins, laranjeiras, vinhedos, heras são as árvores e as plantas preferidas para a nidificação.

O ninho é construído somente pela fêmea e é uma verdadeira obra-prima de habilidade.

Do início da incubação até os primeiros 5-7 dias de vida dos pequenos, o macho se limita defesa do território e a embicagem da fêmea, que abandona o ninho somente para realizar as próprias exigências fisiológicas.

A partir do sétimo dia de vida, o macho toma parte ativa na alimentação dos filhotes. levando até o fim a difícil tarefa do "desmame" (a fêmea já começa com o choco seguinte).

Uma vez "desmamados", os jovens se juntam em bandos mais ou menos numerosos. também junto a outros fringilídeos (Serion Serinus serinus, pintarroxo Achantis cannabina, tentilhão-comum Fringilla coelebs, pimassilgo-verde Carduelis spinus) na procura de zonas de pasto e de poças de água.

Alimentação: A adaptação e criação dos pintassilgos em cativeiro é bem fácil, face a sua alimentação ser bastante diversificada, aceitan­do bem diversos tipos de grãos e sementes, farinhadas e verdu­ras. Uma boa mistura de grãos para os pintassilgos deve ser for­mada por: painços vermelho, verde, branco, preto, português, amarelo e alpiste, perfazendo 90% e os 10% restantes forma­dos por aveia, colza e níger. Devem ser oferecidas verduras sem agrotóxicos como couve, almeirão e chicória, além das rações balanceadas para caná­rios do reino, podendo ser ra­ções granuladas, fareladas ou floculadas, como as muitas mar­cas existentes no mercado.
Já fizemos uma experiência utilizando a alimentação exclu­siva dos pintassilgos com ração balanceada floculada e/ou gra­nulada acrescentando apenas verduras e em ambos os casos as aves adaptaram-se muito bem, ficam com belas pluma­gens, cantam muito e reprodu­zem normalmente.

Reprodução: A reprodução dos pintassilgos em cativeiro é bem simples, bas­tando o criador utilizar gaiolas comuns, iguais às usadas para a criação de canários do reino, tomando o cuidado para que um casal não fique vendo outros pintassilgos, pois são pássaros territorialistas e briguentos na época da reprodução. O ponto mais importante no processo de criação de pintassilgos é saber fazer o acasalamento, haja vis­ta que nem sempre o macho que pretendemos acasalar com uma determinada fêmea será o que ela irá aceitar.
É importante que o criador quando chegar os meses de ju­nho ou julho já distribua as fêmeas em suas gaiolas individu­ais de criação, deixando os machos separados, sem que elas os vejam e ouçam cantar.
A partir de setembro ou outu­bro deverá pegar um macho de cada vez, escolhendo sempre aquele que estiver cantando bem e mostrar a cada uma das fê­meas, ele estando pronto para a reprodução, irá cantar para a fêmea, que se também estiver pronta irá aceitá-Io, dando um sinal mostrando-se interessada pela corte do macho. Ela fica bem em pé no poleiro, com ca­beça e bicos dirigidos para cima e batendo-os um no outro, como se estivesse pedindo alimento, e aproxima-se do macho. Este ca­sal está formado. Se isto não acontecer, experimente outro ma­cho até achar um que de certo, caso contrário o insucesso será total.
O macho deverá ser coloca­do na gaiola da fêmea, que nos primeiros dias deverão ficar se­parados por uma divisória, para evitar possíveis brigas entre o casal. Após este período de adaptação, pode-se retirar a gra­de divisória e deixá-Ios juntos.
O ninho deve ser feito de bu­cha natural e colocado na parte da frente da gaiola, protegido por plantas de plástico verde, oferecendo certo grau de proteção para a fêmea. Colocar algodão ou outro tipo de fibra para a fêmea fazer o ninho, que ela faz e refaz várias vezes, põem três ou quatro ovos por postura.
Quando a fêmea está fazen­do o ninho é comum vermos o macho voando atrás dela e can­tando sem parar, isto não é bri­ga e ele não está batendo nela, como muitos passarinheiros acham, isto é o acasalamento que é feito voando. Muitos cria­dores neste período separam os casais por pensar que estão bri­gando e assim perdem a possi­bilidade de criar pintassilgos em cativeiro.
O criador deve tomar muito cuidado com os pintassilgos que aprendem com muita facilida­de a comer os próprios ovos, em especial os machos. Para isto separar o casal com a grade divisória no final da tarde e re­tirar no dia seguinte por volta das 10 horas, após a retirada do ovo e a colocação de um ovinho de plástico/visto que as fêmeas fazem a postura não muito cedo.
O período de criação vai de outubro a fevereiro para os pintassilgos comuns e pinheirinhos e até abril para os coroinhas ou baianinhos. Alguns casais nidificam apenas uma vez neste período, outros duas vezes e até mesmo três vezes. Apesar de haver a possibilida­de de se criar até 12 filhotes por temporada por fêmea, o IBAMA só fornece seis anilhas por fêmea por ano.
Os casais são excelentes tratadores de seus filhotes, ali­mentando-os até mais ou menos 40 a 45 dias de idade. Mas devemos tomar cuidados, porque alguns machos batem nos filhos logo que eles saírem do ninho aos 13 a 15 dias de vida, podendo matá-Ios. É importan­te nestes casos, ao perceber que os filhotes vão sair do ninho, co­locar a divisória na gaiola para protegê-Ios dos possíveis ata­ques do pai. Ele continuará a tratar dos filhotes através da di­visória.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Trica Ferro


Caracteristicas: Comprimento: 20 cm. Presente do Mato Grosso, Goiás e Bahia em direção sul até o Rio Grande do Sul, incluindo toda a Região Sudeste. Encontrado também na Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. É comum em capoeiras, bordas de florestas (inclusive de galeria) e clareiras, tanto em regiões de baixadas como em montanhas. Vive aos pares e canta com freqüência, sendo fácil de observar, principalmente em árvores frutíferas. Põe ovos lustrosos azul-esverdeados com uma coroa estreita de rabiscos e pontos pretos. O macho trás comida para a fêmea no ninho. Conhecido também como esteves (Bahia), tico-tico-guloso, bico-de-ferro, pixarro e trinca-ferro-de-asa-verde.

Alimentação:
Até pouco tempo atrás, era o tipo de alimentação mais usado pelos trinqueiros. Estes produtos são facilmente encontrados em casas para animais e são compostos basicamente de 1) Farelos, 2) insetos e frutas ressecados e 3) Algumas sementes.

Caso o criador deseje utilizar as rações fareladas, ele deve complementar a alimentação do Trinca com frutas, verduras e legumes. Neste caso recomenda-se os seguintes itens:

Frutas: Maçã, Pêra, Banana, Melão, Manga, Kiwi, Goiaba. (ATENÇÃO: Cuidado com Laranja e Mamão, pois soltam o intestino do Trinca)

Legumes: Berinjela, Cenoura (Ralada), Beterraba (Ralada), Pepino, Chuchu, Jiló, Pimentão e Milho Verde;

Verduras: Sempre as verduras escuras: Escarola, Couve, Talo da Couve, Chicória e Repolho Roxo.

Para atender às necessidades de proteína do Trinca Ferro, o criador deve oferecer larvas de tenébrio e grilos ao pássaro. Estes insetos podem ser encontradas em sites especializados.

Caso o criador queira oferecer sementes ao Trinca Ferro, ele pode dar Alpiste, Paiço (comum, verde, vermelho e preto), Senha, Aveia, Arroz com Casca, Cânhamo e Girassol. Muita atenção para o seguinte: Cânhamo e o Girassol devem ser dados somente de vez em quando, em pequenas proporções, pois são sementes bastante oleosas. Se forem dadas com freqüência, deixarão a ave obesa e atacarão seu fígado. Arroz com casca pode ser deixado de lado, pois também não são muito boas para o fígado do Trinca.

A grande questão que envolve tudo isso é o equilíbrio nutricional. Caso seu Trinca Ferro goste de um destes itens, ele pode se alimentar exclusivamente deste seu alimento preferido (e deixar o resto de lado). Isso pode causar um desequilíbrio nutricional que pode, inclusive, levá-lo a adoecer.

Um outro problema ocasionado por esta alimentação tão diversificada é a manutenção destes itens: como todos estes alimentos são perecíveis, o criador terá de aumentar em muito seu cuidado (para que não se estraguem na gaiola).

Por último, há a questão dos agrotóxicos. Nós, seres humanos, não sentimos tanto os efeitos destes produtos, mas os pássaros tem um metabolismo muito diferente e seu tamanho é incomparavelmente menor que o nosso. Desta forma, as doses de agrotóxicos presentes nas frutas, verduras e legumes podem ser letais para as aves. O criador deve estar atento a isto.

Rações Extrusadas: As rações extrusadas são relativamente novas no mercado, mas seus benefícios já estão sendo relacionados pelos criadores. Vejamos alguns deles:

Com as extrusadas, o criador não precisa se preocupar com o equilíbrio nutricional do pássaro. Cada partícula de ração contém todos os elementos que a ave necessita para ter uma boa constituição alimentar. Mesmo que o pássaro faça seleção entre as cores da ração (ex: come as bolinhas "verdes" e deixa as "vermelhas" de lado), não haverá problema nenhum; pois os nutrientes presentes em cada uma das partículas são iguais.

Neste caso, o criador não deve fazer das frutas, legumes e verduras a base da constituição alimentar de seus Trincas (mas pode oferecê-los somente 2 ou 3 vezes por semana, para agradar ao pássaro).

Também com as extrusadas o ambiente do pássaro fica mais limpo, diminuindo as chances da ave contrair doenças. O criador não precisa dispensar o cuidado que teria de ser dado se estivesse oferecendo alimentos perecíveis diariamente.

Quanto ao transporte e a manutenção das rações, há mais benefícios. Elas são engarrafadas ou empacotadas dentro dos laboratórios fabricantes (o que diminui em muito o risco de qualquer tipo de contaminação).

Um dos problemas da utilização das rações é o seu preço. Por mais que elas sejam fabricadas por diferentes empresas (com diferentes preços) elas certamente são mais caras do que as frutas e sementes.

Uma outra dificuldade é o acesso: nem todas as cidades do Brasil contam com lojas e petshops que recebem estas rações. Também as empresas que vendem produtos para aves por internet não conseguem atender a todas as cidades do país.

Há ainda uma outra dificuldade: uma das grandes barreiras que os criadores encontram para utilizar as rações é mesmo a aderência por parte dos pássaros. Alguns dos pássaros têm muita dificuldade em pegar a ração (o que desanima seus donos, que acabam desistindo de utilizar as extrusadas).

Reprodução: Os Trincas seguem o ritual de aproximação comum às outras aves. Trata-se de uma ave bastante territorialista, que não convive em grupos. Recomenda-se deixar macho e fêmea separados durante o ano (para juntá-los somente durante os períodos de acasalamento).

Muitos criadores tentam colocar macho e fêmea juntos quando chega a época da reprodução, mas assistem aos dois brigaraem (ao invés de verem a gala do macho sobre a fêmea). Isso pode acontecer porque não houve o devido "preparo" para a gala.

É necessário que o criador realize uma aproximação entre macho e fêmea, um "namoro". Neste namoro, recomenda-se deixar macho e fêmea se escutando, para que ouçam os ruídos e pialadas um do outro. A fêmea irá escutar o canto do macho e irá se sentir atraída.

Um ponto a se destacar é que macho e fêmea de Trinca Ferro se parecem bastante. Por isso, um macho pode pensar que a fêmea é um outro macho (e vice-versa). Isso pode fazê-los tornarem-se agressivos entre si. O "namoro" fará com que eles se reconheçam como sendo do sexo oposto (ficando assim mais abertos para um contato próximo).

Depois da aproximação, o criador pode deixar com que eles se vejam e fiquem um tempo com gaiolas próximas, uma ao lado da outra. Isso fará com que eles se acostumem com a presença um do outro antes que sejam colocados para acasalar. Quando a fêmea estiver abaixando ao ver o macho, é hora de juntá-los para a gala.

Depois da gala, o criador pode tentar deixá-los juntos. Existem algumas fêmeas que permitem que os machos ajudem a criar os filhotes (e existem alguns machos que querem cuidar dos filhotes). Mas cuidado: não são todos os machos que querem ajudar a fêmea e nem todas as fêmeas que permitem que o macho as ajude.

O criador deve deixar as gaiolas encostadas para ver se o macho dá comida no bico da fêmea. Se isso acontecer, o criador pode colocá-los em uma mesma gaiola (desde que haja espaço suficiente). Trincas são pássaros grandes e colocar dois deles em uma gaiola pequena é uma maldade.

O criador deve lembrar de colocar abundância de alimentos na gaiola da fêmea, pois só quando se sentir segura para cuidar dos filhotes ela aceitará a gala do macho. O passarinheiro também deve lembrar de colocar um ninho para a fêmea, pois ela também não aceitará a gala do macho se não tiver onde colocar os filhotes.

Quanto à criação dos ninhegos, o criador não precisa se preocupar em alimentá-los (pois a fêmea irá fazê-lo). O passarinheiro só deve se preocupar com isso caso ele perceba que a fêmea (por alguma razão) não está dando comida a eles. Nestes casos, ele deve fornecer uma papinha para filhotes (comprada em casas especializadas ou sites de produtos para aves).


Cardeal

Cardeal amarelo: está presente na região Nordeste da Argentina, no Brasil e no Uruguai. São aves que medem entre 18 e 20 centímetros, aproximadamente, e que têm como característica principal a calma com que convivem com o seu dono, ou criador. É de destacar o canto do macho, que é bastante agradável.
A diferenciação entre machos e fêmeas pode ser feita através da coloração, já que a fêmea apresenta menos cores e marcas mais discretas na cabeça. Além disso, ao contrário das fêmeas, os machos apresentam manchas amarelas nas cores brancas debaixo do bico.
Cardeal do Norte: está distribuído desde a América Central, até a região do Canadá, e medem entre 18 e 20 centímetros, aproximadamente. Os machos são facilmente diferenciáveis das fêmeas pela cor vermelha mais brilhante, enquanto as fêmeas têm uma cor mais acastanhada.
Cardeal papa: pode ser encontrado na zona Nordeste do Brasil, e podem ter entre 16 e 18 centímetros. Nesta espécie, os machos e fêmeas são muito parecidos, sendo muito difícil fazer uma diferenciação entre eles.
Cardeal da crista vermelha: esta espécie, que tem entre 17 e 18 centímetros de tamanho, pode ser encontrada na zona setentrional da América do Sul, mais especificamente na Bolívia, Uruguai, Paraguai e Argentina. Assim como os cardeais-papa, não apresentam muitas diferenças entre macho e fêmea.

Os cardeais costumam ser muito selectivos em relação ao parceiro. Por isso, uma boa criação pode passar por uma boa escolha do casal. Geralmente põe entre três a cinco ovos, que apresentam uma cor azul-verde com manchas pretas, e que são chocados pela fêmea por um período que vai de onze a doze dias. As crias necessitam de cuidados frequentes dos pais, sendo que nos primeiros oito dias, a plumagem já começa a crescer, ao fim dos quais vai ser alimentado com insectos vivos pelo macho. Geralmente constróem o ninho( que pode ser feito de fibras de coco e galhos secos ) em cima de um arbusto, desde que tenha sido colocado lá, antecipadamente, um cesto de vime.

Alimentação: A alimentação do cardeal deve ser feita à base de uma ração, que pode ser feita pelo próprio criador ou dono. Já que não existe uma mistura especial para os cardeais, pode-se misturar duas partes de alimento para periquitos e uma parte de alimento para canários. A esta mistura, pode-se acrescentar alimentos verdes, frutos, painço ou insectos. Pode ser conveniente espalhar estrume pelo chão do aviário, já que estas aves apreciam escarafunchar no solo à procura de pequenos insectos. Durante a época de gestação, providencie alimentos à base de ovos para um melhor desenvolvimento da ave.



Comportamento: Os cardeais são aves muito calmas, que dão-se muito bem com outras aves, com excepção da época de gestação, em que ficam mais agressivos e, desta forma, devem ser colocados isolados de outras aves, ou se estiver com outros pássaros, estes devem ser maiores, para que saibam se defender do cardeal amarelo. Estas aves ficam mais calmas e tranquilas se forem alojadas em ambientes amplos e espaçosos e, se possível, em companhia de uma fêmea.

Azulão




Curiosidades: Pássaro de coloração exuberante e dono de um belo canto, o Azulão (Cyanocompsa brissonii) compõe, juntamente com o Bicudo e o Curió, o seleto grupo dos pássaros canoros.

Encontram-se espalhados pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil e também na Argentina. Pertence a família dos Frigilídeos e é também conhecido por Gurundi-azul e Reina-Mora.

Não é um pássaro muito social e normalmente é avistado sozinho junto às matas ciliares e campinas. Seu canto afável divide-se em dois tipos principais: Canto Normal e Surdina, sendo este último um dos cantos mais belos que um pássaro pode realizar. Da mesma forma que o canto dos Curiós varia de uma região para outra, assim também ocorre com o Azulão cujo canto é marcado por vários “dialetos”.

Possuem um bico triangular e rude semelhante ao de Bicudos e Curiós. Sua cor é de um azul intenso com as extremidades das asas mais escuras e as patas de coloração semelhante ao bico. Mede cerca de 16 cm e não é raro ser confundido com o Azulinho (Cyanoloxia glauco cerulea), de coloração mais clara, pertencente a mesma família, porém a outro gênero.




Alimentação: Alcon Club Curió é uma ração extrusada de alta digestibilidade que atende totalmente às exigências nutricionais de pássaros como Curió, Bicudo e Azulão, podendo perfazer 100 % de sua alimentação. Contém Prebiótico que promove o crescimento seletivo de bactérias benéficas presentes nos intestinos, diminuindo por competição os microorganismos patogênicos e prevenindo infecções intestinais. Seu uso evita problemas nutricionais, como excesso de gordura e deficiência de vitaminas, freqüentes nas dietas à base de sementes. Elaborada com ingredientes selecionados, vitaminas e minerais de alta qualidade, esta alimentação apresenta as cores, textura e aroma mais agradáveis aos pássaros. Proporciona considerável economia, já que o consumo é cerca de 30 a 40 % menor que o volume de sementes que seriam utilizadas, em função das cascas e do desperdício de sementes pelos pássaros. alcon Club Curiófacilita muito o manejo, pois não há necessidade da rotina diária de soprar as cascas das sementes. Deste modo a ração pode ser fornecida para vários dias. A ausência de agrotóxicos, normalmente presente nas sementes,evita intoxicações e doenças pulmonares. Criadores profissionais que utilizam a ração há mais de 10 anos atestam que o uso continuado do produto melhora o potencial reprodutivo e o estado nutricional do pássaro, aumentando sua resistência e diminuindo sobremaneira a incidência de doenças e a mortalidade, além de aumentar a vitalidade, a beleza das penas e o vigor do canto.



Reprodução: O Azulão macho difere-se externamente da fêmea devido à coloração amarronzada que ela apresenta. O período reprodutivo inicia-se no final da primavera. A fêmea coloca 2 ovos em média e o período de incubação é de cerca de 13 dias.

Os pais cuidam dos filhotes que estarão prontos para sair do ninho após o 15º dia do nascimento. Os filhotes podem ser separados dos pais após cerca de 40 dias. Alguns criadores recomendam a colocação de um macho para 3 fêmeas com gaiolas criadeiras individuais.

Passaro Preto



Truques e Curiosidades: Eles são inteligentes e aprendem rapidamente as coisas. Um dos Pássaros-pretos de Soares, por exemplo, atendia o seu chamado com um estalar de dedos. Ele também pode ser ensinado a pegar e a abrir coisas leves e até a desmanchar laços. Pega palitos de fósforos da caixinha, puxa cigarros do maço, abre a tampa do açucareiro e o que mais você consiga imaginar do gênero.

Sensível, se assusta com facilidade. Se ficar medroso, poderá assim permanecer pelo resto da vida. Portanto, fique atento para a reação dele à sua aproximação. Evite criar situações que possam intimidá-lo em excesso. Cuidado com cores muito fortes, como o vermelho; com o guarda-chuva e até com os óculos quando for pegá-lo. Não dê pancadas na gaiola ou tapinhas no passarinho. Se ele ficar com medo de você, será um pássaro arredio, que dará bicadas e começará a se debater na gaiola toda vez que você tentar tocá-lo.


Alimentação: Ração específica para a espécie (encontrada em lojas especializadas) ou do tipo dado a galinhas poedeiras. Acrescente diariamente: alpiste (1 xícara de chá para cada quilo de ração), frutas (banana, maça e mamão) e, a cada três dias, legumes (chuchu, tomate e jiló) e verduras (chicória e almeirão).




Reprodução: Casais em cativeiro desde filhotes têm procriado com certa facilidade. O viveiro deve ter algumas árvores e ficar em local sossegado, onde não haja circulação de pessoas. A fêmea põe de 2 a 4 ovos por ano, sempre no final da primavera. No cativeiro a época varia em função da mudança de metabolismo da ave. Por ser nativo no Brasil, sua apanha em território nacional é proibida. Pela legislação deve ser obtido em criadouros autorizados pelo IBAMA.






Saúde: Resistente a doenças. Não se ressente com frio ou calor, mas não se dá bem com correntes de ar. Se demonstrar canibalismo arrancando as penas, pode ser causado por alimentação inadequada ou falta de parceiro para procriar. No caso de falta de parceiro, coloque fios de estopa – passados em salmoura (1colher de sal para um copo de água) para desinfetar – pendurados na gaiola, assim ele passa a puxar os fios e deixa de arrancar as penas.

Canario da Terra



Habitat: Bordas de matas, áreas de cerrado, campos naturais e
pastagens, além de áreas cultivadas.

Características: 13,5cm de comprimento, peso de 20g.
Um dos cantos mais apreciados pelos passarinheiros.
Os filhotes podem receber aulas de canto, normalmente do
estilo carretilha, metralha ou estalo.
Além da aptidão para o canto, são muito valentes e
por isso, infelizmente, utilizados por alguns criminosos como "canários-de-briga".
Participam das provas de fibra nos torneios de canto em Minas Gerais.

Alimentação: Fêmeas em reprodução: mistura de 50% de fubá grosso de milho e 50% de ração de codorna (postura). Sementes: Diariamente: 50% de alpiste, 30% de painço amarelo, 10% de senha e 10% de níger. Ocasionalmente: painço português, painço verde, painço vermelho. Femeas com filhotes: Para fêmeas com filhotes e pássaros na época de muda: mistura a base de ovo cozido, flocos de milho pré-cozidos e farelo de soja (submetido a processo industrial de tostagem). Água: Filtrada, renovada diariamente, em bebedouro limpo.


Plumagem: Possuem as partes superiores do corpo pardo-oliváceas com densa estriação parda, e por baixo são amarelos com estriações pardacentas.
Com 4-6 meses de idade, os filhotes machos já estão cantando, e levam cerca de 18 meses para adquir a plumagem de adulto. Ninho:
Tipo caixa, podendo ser de madeira com 25cm comp. x 14cm x 14cm; orifício de entrada com 5cm de diâmetro, tampa superior móvel e fundo côncavo; o mesmo utlizado na criação de periquitos australianos. Incubação: 3 a 5 posturas/temporada, 3 a 6 ovos/postura, 13 dias de incubação, podendo os filhotes serem separados da mãe aos 30-35 dias de idade.

Bigodinho





Características: 11cm. de comprimento.
Gorjear rápido e metálico.
Há bastante variação individual e regional de canto (dialetos)
no gênero Sporophila.

Habitat: Campos abertos, campos cultivados e capoeiras.

Distribuição: Praticamente em todo Brasil. No Nordeste só aparece no inverno.

Alimentação
:
Fêmeas em reprodução: mistura de 50% de fubá grosso de milho e 50% de ração de codorna (postura).
Sementes:
Diariamente: 55% de alpiste, 20% de painço amarelo, 10% de senha, 10% de níger e 5% de painço português. Agua: Filtrada, renovada diariamente, em bebedouro limpo. Poli-vitaminico: 3 vezes por semana, no bebedouro.




Reprodução:
Primavera e verão. Ninho: Tipo taça, feito em arame e bucha vegetal (Luffa cylindrica), com 5,5cm de diâmetro e 3,5cm de profundidade. Plumagem das femeas e filhotes: As fêmeas possuem cor parda, assim como os filhotes, Maturidade sexual apartir dos 10 meses. Incubação: 2 a 4 posturas/temporada, 2 a 3 ovos/postura, 13 dias de incubação podendo ser separados da mãe aos 35-40 dias de idade.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Curió


Diariamente a mistura: 70% de alpiste, 20% de painço branco, 10% de painço verde. Ocasionalmente e em pequenas quantidades painço português, senha, milheto, quirera de milho, arroz com casca, níger e aveia. E os Curios tambem comem Giló entre outros tipo de legumes e verduras

Água sempre filtrada, renovada diariamente, em bebedouro limpo.


Reprodução:

A reprodução começa na escolha das gaiolas ou viveiros. Estes devem ser desinfetados com lysoform a 10%. Elas devem ser colocadas em local arejado, que não seja escuro, não sofra correntes de ar e nem excesso de calor ou frio e, se possível, receba os raios solares da manhã.

O ninho deve ser comprado feito de arame e fios, deve ser colocado no canto da gaiola um pouco abaixo dos puleiros. Também deve amarrar na tela 10 cm de corda desfiada na gaiola para a fêmea arrumar o ninho. Mas antes de coloca-lo na gaiola pulverize-o com a cal para evitar o aparecimento de piolhos.

Você deve escolher um reprodutor fogoso que goza de total saúde, e uma fêmea também com boa saúde que esteja pronta (ajeitando o ninho). Deve-se também evitar o procriamento de pássaros consangüíneos para não ocorrer degeneração. A fêmea deve ter de 1 a 4 anos de idade, que é seu período de postura, embora algumas continuam com a postura mais tempo.

Se ocorrer da fêmea botar, chocar e não nascer os filhotes, deve trocar o macho e, se a fêmea não botar é preciso trocar a fêmea. Depois do nascimento do filhote é aconselhável tirar o macho e deixar só a fêmea cuidar, mas o macho deve estar por perto para ensinar o filhote a cantar.

O acasalamento ocorre no mês de agosto até o fim de março. A Femea com 6 meses a 1 ano começa seu período fértil, ela pode botar de 1 a 3 ovos por ninhada. O período de incubação é de 13 dias.Os Filhotes quando nascem precisam de uma grande quantidade de alimentos. No 12º dia é colocado o Anilho. Mas é comum a fêmea rejeitar o filhote por causa do anilho, por isto deve cobrí-lo com esparadrapo ou outro material fosco da cor da perna do filhote. O anilho deve ser pedido com antecedência à associação a que pertence.

Com 20 a 25 dia os filhotes começam a gorjear. Quando eles estiverem com aproximadamente 30 dias já se alimentam sozinhos e retiramos da companhia da mãe. Isto é muito importante porque um pouco antes deste período a fêmea é galada novamente e pode chocar os novos ovos com tranquilidade.

A alimentação dos filhotes deve ser deixada por conta das mães. Além da alimentação básica, disponibilizamos diariamente mistura da gema do ovo cozido com milharina, milho verde e/ou talo de couve para a fêmea tratar dos filhotes. Nos primeiros três dias deixamos também a fêmea tratar dos filhotes com Tenébrio molitor, que é uma grande fonte de proteína. Colocamos algumas num recipiente com uma pequena camada de milharina toda manhã.

Lembre-se: Um bom filho aprende-se com um bom pai, com os curiós é a mesma coisa um bom canto se aprende com bons instrutores… Caso o pai não seje um bom cantador após a separação do macho coloque outro de bom canto por perto para que o filhote dentro do ovo já escute o canto, se não possuir ou o bom cantador estiver na muda de pena coloque uma fita para ele escutar, quanto mais tocar mais rápido ele irá aprender, mas o ideál seria o canto do pai.


Curisidades do Canto:

O SEU CURIÓ PODE CANTAR UM CANTO EXTINTO NA NATUREZA

O canto mais difundido por todo o Brasil é o chamado Praia Grande. Esse canto é originário das praias paulistas e, atualmente, está extinto na natureza, ou seja, os pássaros selvagens não mais o emitem. Por isso, a preocupação dos criadores de todo Brasil é que seja mantido, em cativeiro, esse tipo de canto. Para que um curió seja um cantor perfeito do canto Praia Grande, ele deve desenvolver as variações desse canto tais como o “quim quim”, “virada de Samaritá” e “arremate”, ou término de canto em “purru”. Dentro do canto Praia Grande existem seis modalidade diferentes. O canto clássico, com e sem repetição, é um canto suave e lento. Se o curió repete o canto até 5 vezes ele não é considerado um repetidor. Acima de 5 vezes ele se classifica como repetidor. O canto perfeito, é mais acelerado do que o clássico, porém com as mesmas notas. O canto Praia Simples, não apresenta a chamada “virada de samaritá”, nome dado pelos criadores a uma variação do canto. O canto Pardo é o canto executado pelos filhotes e o canto Peito de Aço, consiste em várias repetições do mesmo canto.
É um pouco difícil transmitir com palavras como seria cada tipo de canto. O melhor a fazer é observar de perto um curió cantando. Você verá a suavidade e a diversificação das belíssimas notas musicais emitidas por esse maravilhoso cantor brasileiro.

Compre discos interpretados por curiós famosos

Você pode encontrar no Brasil, discos contendo gravações de canto de curió, especiais para o treinamento de filhotes e aperfeiçoamento do canto de curiós adultos. Um desses discos já foi até tocado na rádio BBC de Londres, como exemplo do belíssimo canto desse pássaro brasileiro. Você pode conseguir informações de como obter esses discos consultando as Associações de Criadores. Nesses discos você encontra gravações de curiós campeões, emitindo o canto “Praia Grande”, tipo de canto mais difundido e apreciado pelos criadores de todo o Brasil. As gravações mais aconselháveis pelos criadores são os que tem como cantores os curiós Xodó, Ana Dias, Patrício, Tiradentes e Prelúdio, todos grandes campeões. Para submeter seu curió às primeiras aulas você deve proceder da seguinte forma: coloque-o em uma gaiola isolada de qualquer ruído ou canto de pássaros. Instale o alto-falante próximo da gaiola, num volume normal, nem alto nem baixo demais, e deixe o disco tocando se possível o dia inteiro. Seu curió poderá receber essas aulas do disco durante a vida inteira. Se você possuir mais de um passarinho, faça extensões de alto-falantes e coloque um próximo de cada gaiola.


Canario


Alimentação: para manter a elasticidade do órgão que modula a voz (a seringe, também conhecida como laringe inferior), ofereça uma mistura de 50% de couza (uma semente oleaginosa) e mais 30% de alpiste, 10% de níger, 7% de aveia e 3% de linhaça. Uma colher (sobremesa) diária desta mistura é suficiente para cada ave. Ofereça também verduras como a couve, escarola, almeirão ou chicória (nunca alface que provoca diarréia) e frutas como a maçã e a laranja. E por último, uma colher (café), diariamente, com a massa de ovo ou farinhada. A receita é : 1 gema de ovo cozido amassada e passada numa peneira fina, 1 cenoura pequena ralada bem fina, 1 colher de chá de mel, 50% de farinha de rosca, 50% de complexo vitamínico Meritene ou de Canarina (produto para canários da Purina); há também alguns produtos importados na mesma linha. A farinhada precisa ser trocada todos os dias, pois fermenta e pode ser prejudicial. Outro ponto importante na alimentação, que não deve faltar, é a areia lavada. O canário, sendo um granívoro, precisa dela para digerir bem as sementes. A areia deve ser colocada em uma vasilha para evitar que os pássaros a sujem, na seguinte mistura: areia (60%), casa de ovo (20%) e farinha de ostra (15%), bem moídas e cálcio fosfatado (5%). Filhotes: após o nascimento dos filhotes, a farinhada deve ser dada 2 a 3 vezes ao dia, para os pais alimentarem a ninhada.
Gaiola:
Higiente das gaiolas: as gaiolas de casal, individual e voadeira devem ter piso removível para facilitar a limpeza, bebedouro, comedouro, recipiente para a farinhada, banheira com 3 centímetros de profundidade, cheia de água, e dois poleiros com 1 a 1,5 centímetros de diâmetros. Limpeza é fundamental para prevenir doenças. Forre o fundo (bandeja) da gaiola com papel-jornal e troque-o diariamente. Retire a banheira por volta das 11 horas para evitar banhos à tarde e para que a água suja não seja bebida. Lave o comedouro, bebedouro e a parte de baixo da gaiola duas vezes por semana.

Coleiro


Alimentação: Sendo um passeriforme granívoro, ou seja, um comedor de sementes, o Coleirinha deve receber alpiste e painço. Na época da reprodução, é bom acrescentar um ovo cozido à sua dieta, além de larvas de Tenébrio.
Convivencia: Um bom macho de Coleirinha é conhecido pelo canto, bastante agradável aos ouvidos humanos. Esse canto só não é bem-vindo por outro macho na época da reprodução. Nesta época eles deixam de andar em bandos e marcam seu território com a precisão de um bom latifundiário deixando ficar no pedaço apenas a patroa. Quando outro macho adentra seus domínios, o Coleirinha sai para enfrentá-lo e expulsá-lo. Algumas vezes acontecem brigas, mas não é comum que um dos pássaros saia machucado, pois eles se respeitam.
A mesma regra vale para uma fêmea. Só que com uma diferença: se uma fêmea invade o território de um macho, a sua companheira é que se encarregará de expulsá-la. Será que esta cena não lembra um pouco o civilizado cotidiano dos humanos?
Sendo um animal de índole pacífica, o Coleirinha adapta-se bem à vida em gaiolas e viveiros. Não fica agitado voando de um lado para outro, não se bate contra as grades e nem se machuca. Ele se limita a cantar, como o Curió e o Azulão, o que faz dele uma isca perfeita para os passarinheiros – caçadores inescrupulosos que o utilizam para atrair outros pássaros e vender no mercado negro.
O coleirinha é um pássaro da fauna brasileira. Para criá-lo é necessário obter autorização do IBDF.
Reprodução: Apesar de ser uma espécie popular, não são todos criadores que obtiveram sucesso na reprodução em cativeiro. As fêmeas põem de 2 a 3 ovos, que são chocados durante 13 dias. Após esse período, os filhotes nascem e permanecem no ninho por mais 13 dias.
Com 30 a 35 dias, já estão aptos para comer sozinhos.
Plumagem:
Não se pode dizer que o forte do Coleirinha seja seu colorido. Sua plumagem é praticamente branca e preta com leves tons de cinza esverdeado no dorso, cauda e em algumas penas das asas. A carinha, fronte, nuca e abaixo da gola aparecem em preto, assim como os pés e a íris. O bico contrasta com a sobriedade de tons, destacando o amarelo esverdeado.
As fêmeas, por sua vez, possuem uma coloração mais mortiça, num cinza azeitonado e com o ventre branco. Os filhotes, até atingirem a idade adulta, são muito parecidos com elas. Foi aqui que nasceu a expressão “coleiro virado”: é o Coleirinha macho cuja plumagem está se modificando, adquirindo o colar preto. Para um filhote macho virar Coleiro definitivamente é preciso um ano de idade.
O curioso desta espécie é que, apesar de bastante popular, ainda há dúvidas quanto à sua classificação. Além do caerulescens, também são considerados Coleiros o Sporophila c. hellmayr, com peito amarelo ao invés de branco e cinzento esverdeado nas partes superiores. Esta variedade é mais comum no Brasil Central.
Outros passeriformes que não apresentam coleira estão enquadrados no grupo, como o Sporophila ardesiaca, cujo peito é branco e a cabeça e o pescoço cinzento-escuros, o que lhe confere o formato de uma carapuça. Ele é mais comum na região de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Outro que integra o bando é o Sporophila nigricolis, de um cinza-esverdeado nas costas e na carapuça e amarelo no peito, um filho legítimo do Brasil Central, Norte e Nordeste. Por fim, o Sporophila albogulars, de origem nordestina e com a garganta toda branca e pequeno espelho (manchas brancas) nas asas.